o que aprendi a fotografar um evento
Em Janeiro fotografei um evento e aprendi tanto, mas tanto, com esta experiência. Não posso dizer que correu tudo mal...mas muita coisa correu mal.
A primeira coisa que aprendi, e que muito me entristeceu, é que a minha máquina é fraquinha para este tipo de fotografia, em espaços interiores e pouco iluminados. Uma das minhas lentes é muito boa, é uma 70-200 mm com 2:8 de abertura, o que permite uma boa entrada de luz, mas a máquina é uma 80D, reflex e já não é recente, o que significa que mesmo com uma boa lente, o processamento da máquina é lento e as fotos escuras ficam sempre com grão. Tentei rectificar com a edição, mas não há milagres, e a qualidade final das fotos, para os meus níveis de exigência, ficaram muito aquém.
Para além deste contratempo, foi toda uma série de entraves no processo...fiquei doente, o disco externo chegou ao limite e tive de comprar um novo (e não me dava jeito nenhum), o MAC crachou devido a falta de memória e não corria o LrC para a edição das fotos, trabalhei até tarde todos os dias e à noite já não tinha capacidade de editar nada, todos os fins de semana estive ocupada num workshop e não conseguia editar...enfim, toda uma sequência de pequenos maus momentos que atrasaram a edição e consequente entrega das fotos. Péssimo em todos os sentidos, principalmente na imagem que fica do meu trabalho. Juro que não queria isto e fez-me sentir pessimamente.
No decorrer do próprio evento, percebi que não gosto deste tipo de trabalho, é uma seca, chato que dói. Adoro fotografar pessoas, retrato, mas eventos é uma estopada. Provavelmente, irei gostar de fazer sessões individuais, já fiz tantas vezes a amigos, mas grandes eventos é muito chato. E ter de levar com os discursos da empresa e o esperar pelo final da festa, depois de tudo desmontado, para poder regressar a casa...que suplício.
Sim, foi a primeira vez na vida em que me arrependi verdadeiramente de não ter tirado a carta. Depois disso já me arrependi várias vezes, acho que tinha o bloqueio do arrependimento ou trauma para não o reconhecer e desbloqueei-o.
Em suma, preciso de outra máquina, mas não tenho dinheiro para a comprar; preciso de tirar a carta, mas não tenho dinheiro para a tirar, nem para o carro; preciso de aprender a editar em massa, com menos detalhes e picuinhices, já ando a tentar aprender no you tube; percebi que não gosto de fotografar eventos e percebi que as pessoas têm todas, mesmo quando eu não vejo isso à primeira, uma segunda intenção por detrás das atitudes nobres...que ingénua e crente ainda sou.
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