Xinti

 





Enquanto estive casada, não tive animais em casa, pois o meu marido não gostava de animais em casa, muito menos de gatos. Depois do divórcio, assim que tive condições para tal, fui buscar um gato. Um amigo de um amigo tinha uma ninhada nova e queria dar os gatinhos. Recordo-me que havia um todo cinzento, lindíssimo, mas esta coisa pequena e preta, muito magrinha a uma canto da cozinha, enterneceu o meu coração e veio comigo. O nome, Xinti, foi inspirado no album da Sara Tavares, de que gostava muito. Achei adequado. Era um gato muito pequeno, frágil, com pouco pêlo, parecia um morcego. Nunca foi muito saudável, sempre foi frágil, mas ainda viveu uns anos felizes. Era introvertido e meigo. O Xinti morreu prematuramente, ainda era um gato novo. Começou a ficar fraquinho e a deixar de comer. A veterinária não se surpreendeu e chegou a dizer que ele viveu muito mais tempo do que ela julgou possível, dada a sua constituição frágil. Deixou boas recordações. Foi também o primeiro gato da minha filha.

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