para absolutamente nada



No fundo, a questão que se impõe a todas as demais é sempre a mesma. Seremos o suficiente?
Seremos o suficiente para os nossos pais que, melhor ou pior, fizeram o que sabiam e podiam para nos criar? Seremos o suficiente para os nossos filhos que, acima de tudo, apenas desejamos que não sofram física e emocionalmente? Seremos o suficiente para os nossos parceiros de vida ou de momentos, com quem almejamos um relacionamento pleno e para tal nos esforçamos, umas vezes mais do que outras? Seremos o suficiente para os nossos amigos que não queremos decepcionar e queremos manter ao nosso lado, e que ao longo da vida vão escasseando? Seremos o suficiente para as pessoas com quem nos cruzamos nos nossos caminhos e que, de uma forma ou de outra, nos fazem evoluir como seres humanos? Seremos o suficiente para nós próprios?

E no fundo, o que é ser suficiente?

E ainda mais profundo, a questão que se deveria impor a todas as demais...para que serve ser suficiente?


*



Basically, the question that is imposed on all the others is always the same. Will we be enough?

Will we be enough for our parents who, better or worse, did what they knew and could to raise us? Will we be enough for our children who, above all, just wish they didn't suffer physically and emotionally? Will we be enough for our partners in life or in moments, with whom we aim for a full relationship and for that we strive, sometimes more than others? Will we be enough for our friends that we don't want to disappoint and want to keep by our side, and that throughout life are scarce? Will we be enough for the people we come across on our paths and who, in one way or another, make us evolve as human beings? Will we be enough for ourselves?

And deep down, what does it mean to be enough?

And even more profoundly, the question that should be asked of all the others ... what is the purpose of being enough?

Comments